segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Dicas de Santiago do Chile


Continuando um pouco minhas dicas de viagens, hoje vou dar algumas dicas de Santiago, capital do Chile. Uma proposta totalmente diferente do que imaginam, se comparando com o País vizinho, a Argentina.

Começando no Aeroporto Comodoro Arturo Merino Benítez, as coisas são completamente diferentes da Argentina. Aparentemente nas duas vezes que desembarquei por lá (2009 e 2012) só há uma casa de câmbio e com valores PÉSSIMOS para os brasileiros. O câmbio não é nada atrativo e justo, mas é necessário para se locomover do aeroporto para a cidade, que fica numa distância parecida com a de Guarulhos para o centro de São Paulo. A sugestão é trocar entre R$ 50,00 e R$ 100,00 por pessoa e trocar o resto do dinheiro na cidade, seja em casas de câmbio ou bancos. Esta casa de câmbio fica na lateral do freeshop de chegada (que é melhor do que o de saída) e apenas para se ilustrar: R$ 1,00 hoje vale 232 pesos chilenos e a troca nesta casa de câmbio sai R$ 1,00 por 195/ 200 pesos, uma perda enorme de dinheiro, que não vale a pena. Mas, é necessário para se pegar um transporte do aeroporto para a cidade, caso não tenha sido alugado/ reservado um carro.

Para sair do aeroporto há várias formas: reserva e aluguel de veículo (que é barato por lá), taxi ou van. A Van, que leva para a cidade custa em torno de $ 12,00 (doze dólares) por pessoa e o taxi, que via de regra é preço tabelado, especialmente quando percebem se tratar de brasileiros, é cobrado 16.000 pesos chilenos. Sabendo como as coisas funcionam, tudo fica negociável se você fizer cara feia e mostrar desinteresse no serviço deles. Eles baixam entre 2.000 e 3.000 pesos, que parece pouco, mas é algo mais justo e se aproxima ao preço da van, no conforto do taxi (no final, pagando-se cerca de R$ 58,00).

Quanto aos passeios. Conhecer uma cidade previamente facilita muito no deslocamento nas viagens a seguir. Entendo que a melhor forma de se conhecer uma cidade é ir com calma, batendo pernas e observando tudo que acontece ao redor, inclusive utilizando o transporte público como o metrô. Alguns passeios se cobram preços que não se justifica muito, como o City Tour. O mais barato custa 20.000 pesos (cerca de R$ 82,00 ou mais, depende do câmbio do dia) e é uma enganação. Tomando o exemplo de quem fica hospedado no bairro da Providência, há a opção de pegar um metrô na quadra seguinte, na estação Los Leones, da linha vermelha (ou roja, como eles chamam) e descer na estação Baquedano, no sentido San Pablo (estação final). Ao desembarcar da estação, é possível admirar o prédio da Telefônica, em formato de celular antigo, com a cadeia montanhosa dos Andes ao fundo e seguir em frente rumo ao Cerro San Cristóban (que passa ano e vem ano, sempre ao ir em Santiago, acho a vista mais linda e panorâmica da cidade). O City Tour não contempla esta visita, mas o Cerro Santa Lucia, que não é atrativo por ser mais baixa a vista e não ter muito o que se ver/ fazer por lá. Voltando ao Cerro San Cristóban, há uma vista fantástica dos Andes e toda a cidade de Santiago do fundo. Um funicular leva as pessoas de baixo para cima e se paga uma taxa simbólica para se fazer o caminho de ida e volta.

Continuando o City Tour, depois de admirar uma das vistas mais bonitas da capital chilena, é hora de ir ao Mercado Central de Santiago, que fica cerca de 5km do Cerro San Cristóban e é uma ótima caminhada de cerca de 30min a 40min, seguindo o caminho do “rio” (águas dos Andes derretidas que passam por um canal em Santiago). Há quem prefira pegar um taxi e chegar mais rápido ao mercado, que é baratíssimo também. Chegando ao Mercado, algumas coisas são imperdíveis como experimentar uma Centolla, Ceviche e claro: pisco sour, que apesar de ser típica no Perú, também é bebida típica Chilena, como a nossa capirinha. Para quem não gosta muito do cheiro de peixe e frutos do mar, é interessante entrar o quanto antes nos restaurantes (indico o Donde Augusto).

Depois de conhecer um pouco mais do dia-a-dia da cultura chilena, no mercado central, chega a hora de conhecer a Plaza de Armas. Do próprio mercado há metrô da linha vermelha, que leva até a Plaza de Armas (que também é o nome da estação aonde se deve descer). O importante, ao descer é tomar cuidado com os pertences, pois no Chile por incrível que pareça há um elevado número de batedores de carteira. Na Plaza de Armas é possível se ver o contraste do antigo e do novo, com a Catedral Metropolitana e um belíssimo edifício espelhado, que não sei do que se trata. Ao redor, é possível ver o belo e histórico prédio do Correio Central, com diversas manifestações folclóricas e apenas 03 (três) quadras dali fica a sede do Governo Chileno, que é o Palácio de La Moneda. Como eu falei anteriormente, isso tudo é contemplado no City Tour pago e cobrado um preço muito acima do que deveria, uma vez que é possível ser feito andando e curtindo mais um pouco da cidade. É possível se fazer tudo isto e com muita calma, em apenas 01 (um) dia. Claro que isso é muito pessoal e depende das escolhas de quem visita Santiago.

Para voltar, uma vez que se esteja no Palácio de La Moneda, há uma estação de metrô, que leva o nome “La Moneda”, da linha vermelha e que desce tanto na estação Pedro de Valdívia ou Los Leones (ambos no agitado bairro da Providência), aonde ficam diversos hotéis, restaurantes e um shopping Center novíssimo, que se chama Costaneira. O melhor shopping e com uma área gourmet e de restaurantes interessantes é o Parque Arauco, que fica em outra região da capital chilena (Santiago Metropolitan Region).

O dia seguinte deve ser reservado para se conhecer uma das maiores vinícolas do planeta (se não me engano a 3ª maior), a Concha y Toro. Há diversos transfers in/ out, com ingresso incluso e que custam a partir de 28.000 pesos chilenos (cerca de R$ 120,00). Como um grande explorador, há uma possibilidade de se ir de metrô, que leva cerca de 1 hora (muito mais do que o transfer), mas é possível ver uma Santiago que quase nenhum turista conhece, que são os subúrbios. O metrô tem alguns vários trechos sem ser subterrâneo e mostra o subúrbio da cidade chilena, com os Andes ao fundo. Para quem gosta de conhecer tudo da cidade, é uma boa experiência. Seja em qualquer estação que se pegue o metrô, você deverá parar sempre na estação TOBALABA. Por lá, há uma conexão para Linha verde/ preta, aonde deverá descer apenas na última estação. Qualquer dúvida basta informar que deseja ir até a Concha y Toro e qual é a linha e sentido, eles são bastante solícitos.

Chegando na estação final, é necessário pegar um dos vário taxis que esperam os turistas e levam para  Concha y Toro em apenas 10min ou menos, dependendo do trânsito. Não é necessário e nem obrigatório fazer reservas, mas há quem se sinta melhor e seguro, caso esteja lotada a visitação. Seja por site, telefone ou chegando na hora, um tour clássico na vinícola (que inclui duas degustações), que custa 8.000 pesos (cerca de R$ 35,00 por pessoa) ou um tour maior, com 04 (quatro) degustações. Mais informações, no site da Concha y Toro: http://www.conchaytoro.com/web/tour-en/cost-and-booking/

Apesar de nunca ter feito e nem ter conhecido alguém que já fez, há um passeio pelos vinhedos de Santiago, que custa 45.000 pesos chilenos e dura o dia todo. Este passeio na Concha y Toro, dura entre 2hrs e 3hrs, não mais do que isto. Tudo depende também da disponibilidade de tempo.

O que é aconselhável pagar, é o excursion a La montaña. Este, especificamente compreende as estações de esqui do Valle Nevado e El Farellones. Para quem vai no inverno, é uma alegria por ter algumas paradas para se “brincar na neve”, o que já não ocorre no verão caliente chileno, muito árido. Em geral, custa 29.000 pesos chilenos (cerca de R$ 140,00) e a van passa no hotel as 7h30 da manhã e volta as 17:00. É um passeio fantástico e cansativo também, mas vale muito a pena. Via de regra, neste passeio que não contempla esquiar, eles dão duas horas em cada estação de esqui para se conhecer, tomar um vinho, etc. Legal mesmo é no inverno, com tudo coberto de neve. No verão é uma paisagem árida e muita terra, totalmente diferente. E muito calor! Já estive por lá nas duas épocas: Fevereiro de 2009 e Junho de 2012.

Dependendo do tempo e em especial para quem visita o Chile no verão, é extremamente importante conhecer Valparaíso e Viña del Mar. No inverno não há muito o que se fazer, o que já não ocorre no verão. Para se ir de Santiago para Valparíso, basta pegar um dos diversos ônibus da TURBUS, que saem de 15 em 15 minutos de capital para o litoral. O legal é começar por Valparaíso, que é uma cidade portuária e com alguns restaurantes agradáveis e charmosos lá no alto. Existe o ascensor concepción, que leva os turistas de baixo para cima, na cidade portuária. Em cima, é possível se admirar toda a cidade e seu porto, bem como comprar algum artesanato e comer bem em alguns restaurantes. Ao acabar este passeio, é possível se pegar um metrô novíssimo com destino ao balneário mais famoso do Chile, que é Viña del Mar. É rápido, prático e barato! E o melhor de tudo: você conhece tudo caminhando, sem pressa. É possível ver a loucura de gente nas praias, que mais lembram um formigueiro, ao festival de cinema (que acontece em Fevereiro no Hilton de lá) e o Cassino que fica do outro lado do hotel. Para os românticos, há um passeio de carruagem/ charrete por toda a Viña del Mar.

As agências, que servem os hotéis, cobram 33.000 pesos chilenos para se conhecer os dois. O problema é que é um horário muito fixo e acaba tirando a liberdade do turista de ver as coisas com calma. Considerando que é possível fazer por conta e “explorando” ambas as cidades com calma, acho que é mais válido fazer por conta.

Por fim, vale a pena ir ao restaurante Giratório, que fica no topo de um prédio na Providencia e dá uma bela vista panorâmica da cidade, além de uma comida fantástica e acompanhada de um belo vinho chileno. É necessário reserva, apesar de já ter conseguido entrar sem ela.

No espaço gourmet do Shopping Parque Arauco há uma infinidade de restaurantes interessantes. Vinhos muito bons para se tomar e a preço de custo são o Missiones de Rengo Carmenere, Don Melchor (da Concha y Toro) e Concha y Toro Gran Reserva Carmenere. Sem dúvidas a uva carmenere é mais suave e por não conter sulfatos, pode acabar não trazendo aquela dorzinha de cabeça no dia seguinte.






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                                                       Tour por Santiago do Chile:


                                                           Conhecendo o Valle Nevado:


Um comentário:

Sara disse...

A verdade é que eu gosto de ir em uma viagem para um lugar como esse, eu acho que o meu próximas férias na escolha de um local l Aplaya alguns dos mais bonitos que eu acho que reserve agora meu hotel em Recife