terça-feira, 26 de agosto de 2014

Panamá, a "Dubai das Américas".


Por volta de agosto de 1519, os navegadores espanhóis chegaram a uma terra que tinha de um lado o Oceano Pacífico e do outro o Oceano Atlântico, fundando assim a Cidade do Panamá. O nome dado significa “lugar com abundância de peixes e borboletas”. Alguns anos depois, o pirata Henry Morgan invadiu a cidade em busca de ouro, além de assaltar e destruir grande parte dela, aonde fica hoje sítio Arqueológico do Panamá Viejo. Com o tempo a cidade se reergueu e foi reconstruída no atual centro histórico. No início do século XX, a região do Panamá e Colômbia, era uma região única e com sua separação por volta de 1903, os americanos construíram o famoso Canal do Panamá, que movimenta a economia do País até hoje.

Aguardando no Aeroporto Tocúmen.
Em geral, as pessoas chegam ao Panamá, por via aérea no seu aeroporto internacional Tocúmen, nos diversos voos da empresa Copa Airlines (www.copaair.com). A primeira preocupação ao desembarcar é fazer o câmbio, o que é desnecessário se você está de posse de alguns dólares. A moeda oficial é a norte-americana, portanto previna-se. A saída do terminal para a cidade pode ser feita por carros alugados e reservados previamente (para garantir uma tarifa interessante), por táxis, que custa cerca de US$ 30,00 a US$ 35,00 até a região dos hotéis ou de ônibus, que é uma viagem de cerca de 30 a 40 minutos, ao preço de US$ 0,25. Também existem os serviços de vans, que pode ser uma opção interessante, quando se está num grupo maior.

Para os que gostam de conforto, a Cidade do Panamá tem uma ampla rede hoteleira e com tarifas espetaculares, inclusive hotéis de 05 (cinco) estrelas. Um grande exemplo e também dica, é o Hard Rock Café Megapolis (http://www.hrhpanamamegapolis.com/), que possui quartos amplos e bastante confortáveis, além de um café da manhã muito bom. A cortesia no atendimento é percebida no check-in, no qual os funcionários do hotel dão boas vindas, oferecendo ao hóspede um crédito de US$ 20,00 por quarto para ser consumido a cada noite de estadia em qualquer um dos bares/ lounges do hotel, com exceção das boates. Aliás, o Hard Rock possui uma variedade de restaurantes, pubs e baladas noturnas (inclusive as melhores do Panamá).

Ruínas do Panamá Viejo
Começando o passeio, a primeira parada é o Panamá Viejo, local da fundação da cidade por volta de 1520. Em meados de 2003, a UNESCO declarou esta região da cidade, como Patrimônio da Humanidade. Sem dúvidas é uma parada essencial para se conhecer um pouco mais das origens da Cidade do Panamá. As entradas custam cerca de US$ 3,00.
Uma infeliz sequencia de ameaças piratas e indígenas, além de terremotos e incêndios, reduziram a região a algumas ruínas. Para completar, o pirata Morgan destruiu o que restou, obrigando a cidade a ser reconstruída em outro local. O primeiro fato catastrófico foi o terremoto, que vitimou várias pessoas, além de ter causado diversos danos estruturais. Após isso, a cidade vinha crescendo e antes do grande incêndio, já possuía mais que 5 mil (cinco mil) habitantes, que testemunharam a cidade arder em chamas e destruir diversas casas e edifícios religiosos, inclusive a Catedral de Nuestra Señora de la Asunción, que faz parte das ruínas deste sítio arqueológico

Eclusa de Miraflores.
A maior atração turística e econômica do País é sem dúvidas o Canal do Panamá, além de ser uma obra bastante importante para engenharia contemporânea. Na eclusa de Miraflores, é possível conhecer um pouco mais da história da construção das diversas eclusas, bem como todo o funcionamento do canal, em um filme que é em inglês ou espanhol. No vídeo, é mostrada inclusive a tentativa frustrada dos franceses na construção deste empreendimento, até o sucesso quando os americanos assumiram a obra. Acompanhar a passagem de uma embarcação e ver o funcionamento do canal é o que todos desejam para isto é importante se informar no hotel sobre a passagem desses navios, que se dá nos começos da manhã ou tarde. Caso não queira perguntar, é possível acompanhar em tempo real a passagem dos navios pelo site: http://seacruisechat.com/.  Lembrando que nunca é garantida a passagem desses navios naquele horário de visita, sendo também necessário um pouco de sorte para acompanhar isto acontecer. Infelizmente, é quase impossível achar um local confortável para acompanhar a travessia dos barcos, pois há uma grande concentração de curiosos e admiradores, que atrapalha um pouco. Para os que gostam de se programar e fazer as contas, o preço desse tour, incluindo filme, deck de observação e museu, custa US$ 15,00 (quinze dólares), mas pode ser um valor mais elevado, no caso de se reservar um transfer in/ out direto do hotel.

Arquitetura do Casco Antiguo.
Não muito longe dali, todos os caminhos levam ao Casco Antiguo. Além de ser um dos lugares mais tradicionais da Cidade do Panamá, é local da segunda fundação da cidade após a destruição total em 1671, do Panamá Viejo. Já na Avenida Central, em suas ruas de pedra, encontramos um restaurante de comidas e danças típicas panamenhas, que é o Diablicos (http://panamadiablicos.com/). A sugestão é pedir um prato bastante saboroso e popular, que é a Corvina al ajillo (peixe local com alho). Para os que esperam um ambiente bastante típico, com espetáculos folclóricos ao vivo, este é o lugar ideal. Há também outras opções de restaurantes, como o Casablanca (http://www.restaurantecasablancapanama.com/), localizado na Plaza Bolívar e que tem acomodações tanto no prédio histórico, como na rua. O melhor é sentir um pouco da atmosfera do lugar e o ir e vir das pessoas, que por ali se encantam com as belezas desse bairro histórico. Além disto, existem diversas lojas de artesanatos, aonde é possível escolher entre os vários modelos do famoso chapéu Panamá, que na verdade é feito no Equador e tem esse nome porque o presidente americano Theodore Roosevelt usou em uma das visitas ao canal do Panamá, devido ao forte calor da região.

Ainda no Casco Antiguo, encontramos as Bóvedas da Plaza Francia. Conta a história que durante o século XVIII, as muralhas que ali existem, formando quase uma fortaleza, eram parte de um sistema de defesa da cidade, além de funcionar uma prisão também. Entretanto, este local é rodeado de bares, restaurantes, exposições e feirinhas populares, aonde é possível adquirir alguns produtos locais, como artesanatos. Para quem gosta de curtir a viagem, a dica fica por escolher um dos bares, tomar uma cerveja Balboa (tipicamente panamenha) e descansar um pouco até o próximo passeio na Cidade do Panamá.

"Dubai das Américas".
Um dos lugares mais agradáveis é a Calzada Amador, que é uma via que passa por quatro ilhotas do lado do Oceano Pacífico, formando um pequeno arquipélago (ilhas de Naos, Perico, Culebra e Flamengo). No período da construção do Canal do Panamá, a região fazia parte do exército americano e era chamado de Forte Amador, para proteger a entrada no canal. O local é rodeado por alguns clubes, restaurantes, marinas (é possível ver diversos barcos, Jet-skis e lanchas), além de uma vista fantástica da Cidade do Panamá. Aliás, é com esta bela visão que é possível entender porque o a cidade é conhecida como a “Dubai das Américas”. O local também é ótimo para quem gosta de fazer exercícios físicos, como andar de bicicleta, corridas ou apenas fazer atividades ao ar livre.






Gostou das dicas? A Cidade do Panamá tem muito mais a oferecer, mas confira um pouco mais desta viagem no vídeo que eu produzi e está disponível em meu canal do YouTube (www.youtube.com/ticoso). Basta clicar no vídeo abaixo:



domingo, 5 de janeiro de 2014

Roma, a "cidade eterna".

Por volta do ano de 753 antes de Cristo, uma lenda conta que dois irmãos gêmeos foram abandonados e jogados numa cesta nas margens do Rio Tibre. Após vagarem pelas águas do rio, Rômulo e Remo foram salvos, criados e amamentados por uma loba. Essa é a principal lenda sobre a fundação da cidade de Roma. Ela conta que os dois foram os fundadores da cidade e que após uma árdua briga entre os dois irmãos, Rômulo acabou por assassinar seu irmão Remo, tornando-se o primeiro Rei de Roma. O tempo passou e a cidade viveu história, seja no magnífico Império Romano, com sua apogeu e queda, o incêndio da cidade, por Nero, a avanço da Igreja Católica. Esses são alguns dos fatores que fazem a cidade ser conhecida por “cidade eterna”, ante sua inesgotável história por todos os lados. Localizada  na região do Lázio, é um prato cheio para aos amantes da História, afinal, basta caminhar um pouco para se deparar com as ruínas de séculos de história. Como se não bastasse, o menor País do mundo em área e em habitanes, que é o Vaticano, esta "cravado" dentro da metrópole. Motivos não faltam para indicar Roma como um destino OBRIGATÓRIO na Europa.

Desembarque no Fiumicino.
A exemplo do que acontece em outras cidades europeias, a chegada em Roma pode ser por via terrestre, aérea ou naval. O  maior fluxo de turistas é sem dúvidas nos dois aeroportos: o maior que é o aeroporto Leonardo da Vinci/ Fiumicino e que fica mais afastado da cidade, ou o mais central e utilizado pelas empresas low coast como Easyjet, Ryanair, que é o Aeroporto Ciampino. No site do aeroporto (http://www.adr.it/web/aeroporti-di-roma-en-/pax-fco-taxi), é possível saber o preço da corrida, com destino ao hotel ou pousada. Os preços das corridas de táxi são pré-determinados/ tabelados e não é possível a negociação de valores. Para quem prefere outras opções mais em conta de translado, há trens expressos, regulares ou ônibus (que demoram mais que os trens). Uma dica não apenas para a viagem até Roma, mas qualquer outra parte do mundo é o uso do site World Taximeter (http://www.worldtaximeter.com/) para uma maior noção dos preços das tarifas de táxi de um ponto ao outro das cidades.

A primeira dica é o Roma Pass, que funciona de forma parecida ao New York Pass, que foi abordado nas dicas sobre Nova York (http://www.ticobrazileiro.blogspot.com.br/2013/03/i-want-to-be-part-of-it-new-york-new.html) neste blog. Este passe dá direito a entrada gratuita nas primeiras duas atrações, enquanto que nas demais dá um desconto de 50% (cinquenta por cento), portanto saiba escolher bem as duas primeiras. Outra vantagem é que a pessoa portadora do passe, não enfrenta as longas filas de compra em locais de maior fluxo de pessoas,c omo no Coliseu. O cartão também direito a gratuidade e de forma ilimitada a todos os transportes públicos, incluindo ônibus e metrô, durante a vigência do passe (que em geral é de três dias). Infelizmente só descobri esta possibilidade, após ter retornado da viagem, mas pude pesquisar que custa € 30,00 e está a venda nos postos de informações turísticas. Para quem quiser mais informações, basta acessar o link a seguir: http://www.romapass.it/p.aspx?l=en&tid=8.

As opções de hospedagem e estadia na cidade são variadas, mas uma ótima opção por ser um hotel quatro estrelas e que conta com ótimas tarifas e quartos modernos, é o Hotel Princess (http://www.hotelprincess.com/). Apesar de parecer um pouco afastado das principais atrações, ele fica cerca de três quilômetros da Praça de São Pedro, no Vaticano e a cinco quilômetros do Coliseu e Fórum Romano. Nas proximidades do hotel há uma estação de metrô, a Cornelia Line A, que  leva o turista para o centro da cidade e suas principais atrações.

Piazza di San Pietro
A primeira parada é na Piazza di San Pietro (Praça de São Pedro), que é parte do Estado do Vaticano e apresenta em sua entrada um obelisco do Antigo Egito (trazido pelo Império Romano), além da famosa Basílica de São Pedro. Para conseguir uma visitação completa do menor Estado do Mundo, é preciso contratar um dos guias licenciados do Vaticano para um passeio pelos Jardins do Vaticano. Em seu interior, é possível admirar diversas obras de arte e belezas do País sede da Igreja Apostólica Católica. Em geral, o passeio acaba na Cappella Sistina, que tem seu nome em homenagem ao Papa Sisto IV, que foi responsável pela restauração da Capela Magna durante seu papado. Hoje, o local é palco do conclave (eleição para escolha do novo Papa), além de ser aberto para visitação. Para os que gostam de guardar registros fotográficos, a Guarda Suíca fica de prontidão, não permitindo fotos ou flashes no local, inclusive expulsando os que insistentes. Vários artistas, historiadores e curiosos são atraídos para ver de perto uma das maiores obras de Michelangelo, que é A criação de Adão, também conhecido como "A criação do Mundo". Uma dúvida que todos tem é sobre a necessidade ou não de ingressos para conhecer o interior da Basílica de São Pedro, que não é cobrado. A entrada é gratuita e é possível conhecer o local aonde o Papa realiza missas como a de Natal e a Famosa obra Pietá (a original). Há uma tabela de preços e horários para os outros passeios guiados, que certamente são importantes e estão disponível no site: http://mv.vatican.va/2_IT/pages/z-Info/MV_Info_Servizi_Visite.html.

No começo da Via dei Fori Imperiali, encontramos a mais famosa por toda sua história e simbologia, Praça da cidade. Trata-se da Piazza Venezia, que conta com o monumento Vittoriano e chama atenção por seu tamanho com arquitetura exagerada em mármore branco. O local simboliza Vittorio Emanuele II, que é considerado o “pai da pátria” italiana e que promoveu a união do País. Se for bem observado, o local é conhecido por ser o “altar da pátria” e tem em seu interior o “fogo sagrado da pátria”. Isto fica na região do centro histórico da cidade e a melhor forma de conhecer é caminhando ou sentando em um dos vários bares, restaurantes ou cafés que ficam nos arredores. Para os que gostam das compras, basta seguir na Via del Corso e se deparar com várias lojas, inclusive de grifes famosas como Benetton, Armani, Calvin Klen e várias outras.

Coliseu, visto do Forum Romano.
Continuando o passeio pela Via dei Fori Imperiali, é possível avistar o cartão postal da cidade já na metade do caminho, além de ser o local mais procurado de Roma: o Anfiteatro Flaviano, ou simplesmente Coliseu, foi construído no primeiro século depois de Cristo e foi uma doação dos imperadores da família Flavia para os cidadãos de Roma. Ao contrário do que muitos pensam, não foram suas dimensões que fizeram o Coliseu levar este nome, mas suas colossais estátuas em ouro que existiam ali no passado ao redor do prédio. Suas ruínas com mais de 1900 anos de história, continuam sendo testemunhas dos acontecimentos que marcaram o Império Romano. O ingresso custa cerca de € 12,00 (doze Euros) e inclui a entrada para outra atração imperdível que é o Foro Romano. Situado numa praça de frente ao Coliseu, o local é rodeado de ruínas das mais diversas construções públicas e de importância cultural para os italanos. Alémd e ser o principal centro comercial da Roma Antiga, é o local aonde o cadáver de César foi enterrado numa plataforma de marfim. Mais informações sobre os horários para visitação ao Coliseu, Palatino e Foro Romano, basta acessar o site: http://www.the-colosseum.net/around/visit.htm.

Um dos lugares mais procurados e com maior concentração de pessoas, é a Fontana di Trevi, na qual sua história remonta a Roma Antiga. No passado, ela era uma simples fonte localizada em um cruzamento de três ruas, formando um trivium (trevo), o que explica o nome "Fontana di Trevi". Considerada a mais bela fonte do Mundo, ela é ponto de encontro de casais apaixonados ou simplesmente apaixonados pela cidade eterna. Uma lenda diz que todos que ali vão e admiram, devem jogar uma moeda na fonte para que possam retornar até a cidade. Um dos maiores problemas é a quantidade de indivúdos que se aglomeram por lá, dificultando desde registros de fotos, até mesmo a realização deste ritual de jogar a moeda, por ser um espaço bastante reduzido. Mesmo com essa dificuldade, nada impede as pessoas que passam por lá, de realizar seus pedidos, jogando diversas moedas na tentativa de garantir uma volta para a bela cidade de Roma. A fonte também é famosa por ser cenário de um videoclip do artista John Bon Jovi, na música Thank you for Loving me. Para muitos, o local é o ponto final da passagem pela cidade, para outros o começo de novas viagens e encantos pela capital da italiana.


Gostou das dicas? Roma tem muito mais a oferecer, mas confira um pouco mais desta viagem no vídeo que eu produzi e está disponível em meu canal do YouTube (www.youtube.com/ticoso). Basta clicar no vídeo abaixo: