segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Belém do Pará, porta de entrada da Amazônia


Nunca tinha ido em qualquer lugar da região Norte do País e quando apareceu a oportunidade de conhecer Belém no feriado de 12 de Outubro deste ano de 2015, não tive dúvidas. Para completar a cidade estava em festa, com a festa religiosa de comemoração ao Círio de Nazaré. Oportunidade bastante interessante para se conhecer o portal de entrada da Amazônia e um pouco mais da cultura local, que acreditem, é completamente diferente de tudo que eu já tinha visto na vida.

Por morar no Recife, não existem voos diretos para Belém, ainda. O jeito foi pegar uma conexão em Brasília, a capital federal do Brasil e seguir por mais duas horas e dez minutos para a capital paraense. O problema é que o tempo por lá não estava dos melhores e na chegada e quase pouso, o avião teve de arremeter por conta de uma combinação de fatores que geraram insegurança que foi a chuva (que deixa a pista do aeroporto bastante escorregadia) e um blackout, que culminou com o desligamento das luzes da pista do aeródromo local.

Passado o susto e finalmente em solo de Belém, já fui me familiarizando com alguns termos desconhecidos até então para mim. No hotel pedi um suco, e uma das opções oferecidas foi o de “taperabá”, que obviamente não sabia do que se tratava, até entender que era apenas um suco de cajá. Pois é... ao longo desta postagem, com certeza algumas coisas novas serão ditas e relatadas.

Passeio do Círio Fluvial
O primeiro dia foi no Círio fluvial, que passa todos os anos nos noticiários. Comprei uma camisa-ingresso para um navio e ele seguia pelas margens da Baía de Guarajá rumo a orla de Icoaraci, aonde a santa iria ser embarcada num navio da marinha e seguir de volta para a Estação das Docas, ponto de partida de todas as embarcações. Uma curiosidade é que neste barco/ navio que eu estava, cabem cerca de
2.500 (duas mil e quinhentas pessoas) e ele faz a rota de Belém para Manaus em longos 5 (cinco) dias. Dentro dele, um show de danças paraenses como o famoso “Carimbó”, além de muitas pessoas, comida, bebida e água, claro. O trajeto durou cerca de 3 (três) a 4 (quatro) horas e teve seu ápice quando os barcos, quase que se tocando, acompanhavam bem devagar a imagem da Santa no barco da Marinha. Sem dúvidas uma grande demonstração de fé de todos que ali estavam. Uma outra curiosidade, é que o Círio tem as mesmas dimensões da festa de Natal, vocês acreditam? Tanto é, que é natural e normal você desejar um “feliz Círio” para todos eles, além de TUDO parar na cidade para essas comemorações.

Estação das Docas, em Belém.
Ao desembarcar, aproveitei para conhecer um pouco mais das Estações das Docas, que foi inspirada em Puerto Madero, na Argentina e sinceramente não fica devendo nada àquela área da cidade portenha. Vários bares e restaurantes são encontrados, além de shows ao vivo dentro de algumas docas. Eu destaco o meu preferido que é a Amazon Beer (http://amazonbeer.com.br/), que são cervejas artesanais fantásticas. Como todos sabem, Belém é a terra do Açaí, e antes de ir para lá já descobri que eles tinham uma cerveja bastante PREMIADA feita com essa iguaria local. Não tive dúvidas e fui degustar! O resultado? Tive que trazer para casa algumas long necks dessa cerveja, que é muito boa! Também aproveitem para experimentar outros tipos, como as de Bacuri e Taperebá, que vocês já sabem o que é! O legal mesmo é aproveitar bem e com calma a estadia na Estação das Docas, lá tem um pôr do sol único, além de ferver durante a noite.

Amazon Beer, ótima cerveja artesanal
Não muito longe dali, na verdade ao lado, encontramos o complexo do Mercado Ver-o-Peso, que é a maior feira ao ar livre na América Latina e que possui diversas frutas e iguarias da região. Para quem gosta de pimenta, comprem Pimenta no Tucupi e levem para suas residências, isso só é possível encontrar por lá! Por lá, é possível inclusive ver como vem a famosa castanha do Pará, dentro do seu “ouriço” e ver em tempo real como se tira e descasca. O problema e ponto negativo do mercado, é a insegurança. Por ser bastante movimentado e aberto para todo o público, são vários os casos de furtos e roubos lá dentro. A sugestão é saber o horário de ida e ainda assim, ficar bastante antenado para evitar situações desagradáveis ou passar algum tipo de aperto.

Mirante do Mangal das Garças
No dia seguinte, o ideal é reservar um tempo até as margens do Rio Guamá, no Mangal das Garças, que fica próximo ao centro histórico da capital paraense. Para quem gosta de natureza e ambiente extremamente ecológico, há um parque com mirantes, que mostra um pouco da vegetação nativa, lago central e artificiais, além de algumas garças circulando entre as pessoas. E ainda tem um adicional a tudo isto, que é um restaurante bastante importante e agradável, que é o Manjar das Garças (www.manjardasgarcas.com.br/cardapio/cardapio.html), que é repleto de comidas típicas como “Pato no Tucupi”, “Tacacá”, Maniçoba, além de várias carnes e peixes, como “filhote ao molho de castanha do Pará”. No restaurante, há a opção de se comer um buffet livre por cerca de R$ 85,00 (oitenta e cinco) reais. O atendimento e a comida são ótimas, vale bastante a pena. Ao final deste passeio, a pedida é se dirigir até a torre que fica dentro o Parque Mangal das garças e ver toda a cidade de Belém do alto, ou parte dela.

O dia seguinte foi uma tentativa frustrada de conhecer um pouco mais da cidade, como a famosa Casa das Onze Janelas, a Catedral Metropolitana e o Forte Presépio, que estavam TODOS fechados por conta do dia do Círio de Nazaré. Isso foi de fato impressionante, pois até os shoppings centers e a Estação das Docas fecharam, até as 16:00 por conta disto. Para se ter idéia, NENHUM restaurante da cidade estava aberto sequer, mesmo com turistas em Belém, algo que deveria ser revisto pelo Governo Estadual e Municipal da cidade, apesar de ser algo bastante cultural da cidade. De toda forma, soube que na Casa das Onze Janelas, há um complexo de bares e restaurantes bastante agradáveis e que ficará para um próximo retorno em Belém, desta vez sem ser no Círio de Nazaré.


Como de costume, fiz um vídeo mostrando um pouco mais desta viagem/ passeio e já está online no meu canal do youtube. Aliás, se você ainda não se inscreveu nele, o que está esperando? Vai lá no meu canal (www.youtube.com/ticoso) e além de curtir e assistir os vídeos, se inscreva para receber todas as atualizações, sempre. Agora, embarquem comigo e venham conhecer um pouco mais de Belém, a porta de entrada da Amazônia, clicando no vídeo abaixo:





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