quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Puerto Montt & Puerto Varas: o lado chileno dos Lagos Andinos

Para quem gostou da postagem anterior sobre Bariloche, não podem perder o que virá hoje! A região dos lagos engloba um lado argentino e chileno e fica difícil de decidir qual dos dois é o mais bonito. Algumas agências de viagem fazem pacotes que certamente você já fez ou conhece alguém esteve nesses tours que acabam por fazer os dois países em uma única viagem, o que é bom e ruim. Ao longo desta postagem vocês irão entender o motivo. Pessoalmente, optei por visitar as regiões em épocas diferentes, tanto o lado argentino quanto o chileno, que irá começar a partir de agora.

Sempre que viajo para um lugar que não conheço, eu procuro me informar um pouco mais sobre a cultura, média de temperaturas e algumas atrações, para ter um pouco um norte. E algumas dessas informações são justamente sobre alguns voos internos e em qual aeroporto descer. Primeiramente, é preciso entender que na região chilena dos lagos andinos, o principal aeroporto é o El Tepual, na cidade portuária de Puerto Montt e portão de entrada para a região dos lagos. O preço varia bastante de acordo com a procura, horários e câmbio. Mas se tiverem dificuldades e acharem os preços salgados, a primeira dica é tentar planejar a viagem com antecedência ou procurar rotas alternativas, como um aeroporto que fica mais ao norte e como consequência, mais longe, que é o de Pucón. Uma vez na cidade, há várias opções de translados para Puerto Montt, inclusive com a opção (que é boa) de aluguel de veículos. Não optei por descer em Pucón, não foi preciso... as tarifas estavam ótimas na rota tradicional, pela Lan Airlines.


Caso você faça o perfil explorador e não gosta muito de pacotes turísticos e horários fixos para se fazer as programações, não se preocupe! Uma excelente opção é alugar um carro com ou sem GPS, considerando que vários dispositivos móveis contam com essa função para auxiliar em viagens e até mesmo na própria cidade. O problema é que se você não reservar antes de chegar lá, pode passar um aperto, como aconteceu comigo! Não tinha nas várias locadoras de carros, nenhum disponível, mas eis que apareceu um que havia sido devolvido e foi só alegria. O preço? Bastante em conta, em relação a aluguel no Brasil, por exemplo! Vale muito a pena!

Antes de viajar para a região, sempre li que o melhor local para se hospedar é Puerto Varas, mas fui teimoso e optei por Puerto Varas, que é notória a diferença. A primeira opção, é uma cidadezinha bastante charmosa e parecida com Bariloche, com construções em madeira e lembrando um pouco da Europa, enquanto a segunda é mais moderna, por ser uma cidade portuária e mais pesada. De toda forma, não é uma má idéia ficar por lá, tendo em vista que é aonde fica o aeroporto e aonde tem hospedagens mais baratas. Além disto, se tiver alugado um veículo, a distância entre as cidades é muito pequena, durando cerca de 20 minutos a distância entre elas. Eu acabei me hospedando em um dos hotéis da rede Holiday Inn, no Holiday Inn Express (http://www.tripadvisor.com/Hotel_Review-g294298-d601465-Reviews-Holiday_Inn_Express_Puerto_Montt-Puerto_Montt_Los_Lagos_Region.html). Os quartos são bem muito bem equipados e modernos, além de limpos e eles fornecerem um ótimo café da manhã, indispensável em qualquer viagem, vamos combinar!

Vista do quarto do hotel Holiday Inn Express de Puerto Montt
Começando o passeio, vamos inciar obviameente por Puerto Montt, aonde um dos melhores lugares é a Calleta Angelmó! Como muitos já sabem, eu gosto de mergulhar na cultura local ao máximo e mercados públicos são os locais ideais para isso... E lá é a principal atração, com seus inúmeros pescados, mariscos e ouriços. Vale a pena experimentar esses sabores e eu já indico a compra do salmão defumado, que sou suspeito para falar, mas são uma delícia. Nesta região, é aonde encontramos também várias lanchonetes, bares e restaurantes. Um deles, que considero bastante interessante, é o Pa'mar Adentro, que fica na Calle Pacheco Altamirano 2525, Calleta Angelmó  (telefone: 065 26 40 60). A variedade de pratos com mariscos e derivados do mar é impressionante. Mas, aos que não gostam desse tipo de comida, não se preocupem! Há opções de massas e carnes também, mas o forte são os frutos do mar. A minha sequencia, curioso como sou, foi um prato de ouriços naturais e como molho vinagrete, seguidos de uma sinfonia marítima (que estava incrível) e como prato principal um salmão, típico da região por cima de batatas, uma delícia. Obviamente que tudo acompanhado de um vinho branco chileno.

Pratos da esquerda para a direita: ouriços, sinfonia marítima e salmão chileno.
Para quem gosta de curtir um pouco da vida noturna e quer jogar conversa fora, tomando um pouco de chope local, não pode deixar de dar um pulinho em um barzinho alemão, o Tablon del Ancla (http://www.tablondelancla.cl/). Obviamente não perdi a oportunidade de tomar alguns vários goles da cerveja mais tradicional do Chile, que é a Cristal. Apesar de ter sido verão, a temperatura lá sempre é um pouco mais amena/ fria, por ser uma cidade muito ao sul do continente.

O dia seguinte é para conhecer e se dedicar um pouco mais a charmosa cidade de Puerto Varas, que fica cerca de 21 (vinte e um) quilômetros de distância de Puerto Montt e é um dos principais atrativos da região, com suas casinhas em madeira, o Lago Llanquihue e seus inúmeros cafés e restaurantes. Para quem gosta de fazer uma fé e jogar, há um cassino e que eu consegui ganhar algo! Tudo bem... foram míseros R$ 5,00 (cinco reais) na conversão, mas vale pela diversão! Ao longo da margem do rio, é possível escolher inúmeras opções de restaurantes ou hotéis, além de poder acompanhar várias pessoas curtindo a “praia” ou simplesmente contemplando o pôr do sol, que em alguns locais tem a vista do famoso vulcão Osorno ao fundo. De maneira geral, a cidade é bastante pequena e com atrações mais de curtir o dia, com alta gastronomia e outras atividades esportivas como Stand Up Paddle, Caiaque e outras. Há pessoas que optam por fazer trilhas e trekking também. Obviamente essas atividades são possíveis apenas durante a temporada de verão, que a exemplo de Bariloche, são consideradas as melhores épocas para se visitar as cidades. A diferença principal, é o fato de existir algumas estações de esqui durante a temporada de neve, na cidade argentina.

Beira do lago Llanquihue, em Puerto Varas
Depois de curtir bastante a charmosa cidade de Puerto Varas, é hora de seguir caminho e direto para Ensenada e finalmente Petrohué. O trajeto é impressionante, com um visual mais incrível que o outro e quase sempre, acompanhado pelo vulcão Osorno. Curioso com a distância? São aproximadamente 60 (sessenta) a 70 (setenta) quilômetros de uma ótima estrada e visuais únicos, da região andina. E é justamente neste ponto que insisto em alugar um carro, seja com ou sem GPS! Você pode fazer os seus roteiros e horários, além de aproveitar muito bem o cenário natural para tirar fotos, que garanto que serão inesquecíveis de se guardar. Chegando no vilarejo de Petrohué, o acesso é bastante interessante e no verão é possível acompanhar o degelo andino, no local que chamam “Los Saltos de Petrohue”. Água cristalina/ transparente escorrendo das montanhas e dentro do rio.


Seguindo o fluxo, a estrada é de barro e pedras e levam até um parque, dois hotéis e uma cafeteria. Tudo isso é interessante, até para os que precisam estar conectados o tempo todo e dar notícias aos familiares ou apenas postar algo no instagram, mas o importante é o porto bem simples e de madeira que fica por lá. Diversas embarcações realizam passeios diferentes pelo Lago de Todos os Santos e outras, maiores e mais estruturadas como o famoso Cruce Andino, leva o turista até o lado argentino e em Bariloche, com uma parada na cidade de Peulla. Confesso que saí de Puerto Montt duas vezes em direção a Petrohue e fiz os dois passeios! Vou falar um pouco do “Cruce Andino”, que dura cerca de 4 (quatro) horas para ir e outras 4 (quatro) horas para voltar e custou cerca de US$ 90,00 (noventa dólares americanos). A embarcação era moderna, bastante estruturada com lanchonete, ar condicionado e guias atenciosos que contavam toda a história dos Andes e por onde passávamos. Ao chegar em Peulla, todos são convidados para conhecer e fazer alguns passeios, que vão desde passeio de helicóptero, caminhadas, cavalgadas e canoagem, até mesmo relaxar e curtir a cidadezinha que tem pouco mais de 120 (cento e vinte), isso mesmo... cento e vinte HABITANTES! De lá, alguns turistas seguiram viagem para Bariloche, outros se hospedaram em Peulla para descansar e seguir viagem e outros, como eu, voltamos para Petrohué.


É isso pessoal! Espero que tenham gostado.

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Para quem gostou disso tudo, vale a pena conferir os vídeos que fiz sobre a região dos Lagos Andinos e que já estão disponíveis em meu canal do Youtube. Apenas cliquem e apertem em “Play” para assistir! Espero que gostem! Curtam e compartilhem:

                                          Parte 1:



                                          Parte 2:


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Bariloche, o lado argentino dos Lagos Andinos.

E aí, pessoal? A dica de hoje é um destino bastante procurado pelos brasileiros, inclusive uma ótima alternativa com essa alta do dólar e crise econômica que vivemos no Brasil. O destino de hoje é Bariloche, que também é conhecida por “Brasiloche” pela quantidade de viajantes brasileiros nessa região dos Lagos Andinos. Ainda não existem voos diretos, saindo de São Paulo ou Rio de Janeiro com destino a cidade, o que obriga todo passageiro a fazer conexões em um dos dois aeroportos de Buenos Aires, seja Ezeiza ou o Aeroparque. Algumas agências de turismo fretam aviões de empresas como TAM, LAN, GOL ou até Aerolíneas Argentinas durante a alta temporada e leva em vôos curtos e diretos, tanto do Rio, como São Paulo. O detalhe é que normalmente por ser altíssima estação e mercado turístico aquecido por conta da temporada de neve, tudo fica MUITO MAIS CARO por lá também.



Eu sou um curioso e fui pesquisar a origem do nome “Bariloche” e descobri que tem origem indígena. Isso mesmo, pessoal! Os índios Mapuches, que viviam no lado chileno dos Andes, não tinham contato e nem sabiam como era o povo do outro lado da montanha e por esta razão, deram um apelido ao vilarejo e a população que ficava justamente em Bariloche de "VURULICHE". O significado? Exatamente o que falei antes, ou seja, “povo que vive do outro lado da montanha”! Uma palavrinha simples significava tanto! E o nome conhecido por todos é abreviado, na verdade o nome correto da cidade é San Carlos de Bariloche.

Na chegada é impossível não lembrar do mini mundo de Gramado, no Rio Grande do Sul, que tem uma miniatura do aeroporto de Bariloche, que é idêntica ao real, bem simples e rústico. Mas aos uqe não gostam de subir escadas, não se preocupem, o aeroporto conta com pontes de embarque que atendem preferencialmente os voos da Aerolíneas Argentinas. O trajeto de lá até o centro da cidade é relativamente curto e sem muito trânsito, entre 13km e 15km. Para os que assim como eu, gostam de alugar carro para relaxar um pouco mais, o caminho é todo sinalizado e é IMPOSSÍVEL de se perder. Eu sempre recomendo o aluguel de carro para viagens dessa natureza, ou pelos Lagos Andinos, seja o lado argentino ou chileno (que tratarei em outra postagem). E não se preocupe em contratar um GPS para o carro, basta ter o waze instalado em seu celular, que resolve muito bem os problemas de navegação. Já os que preferem não ter trabalho e preferem os táxis, eles custam em torno de 20 dólares do aeroporto para o centro, tendo a opção dos Remises, que são carros particulares e uam alternativa aos táxis, que levam por uma diferença de 5 dólares mais barato, em média.

Bariloche é muito bem atendida, por uma rede hoteleira basntante diversificada e atende a todos os gostos, com seus hotéis, hostel e até pousadas. E não se assustem com os preços, pois tem para todos os gostos, do mais barato ao mais caro. Eu acabei ficando no complexo do Hotel Villa Hunid (http://villahuinid.com.ar/), que conta com SPA e mais dois outros hotéis no topo de um "cerro". O ponto alto fica pela vista que tive todos os dias ao acordar e dormir, com nascer e pôr do sol espetaculares, além da vista do famoso Lago Nahuel Huapi e da Cordilheira dos Andes ao fundo. Apesar de não ficar muito próximo ao centro, não era muito longe e fácil de locomoção por conta do veículo alugado, além de ser cerca de 5km de um dos pontos turísticos mais procurados, o Cerro Otto.

Nascer do sol, visto do Hotel.

Se você quer experimentar do agito da cidade, saiba que quase tudo acontece na famosa Calle Mitre, que corta todo o centro da cidade. Por lá, encontramos alguns shoppings, galerias, lojas de souvenirs, restaurantes e muitas, muitas chocolaterias, como a Rapa Nui (http://chocolatesrapanui.com.ar/), que tem os melhores chocolates da Argentina, segundo dizem. Não tive como não provar alguns, além do seu founde espetacular. Indico, pessoal! Nesta região, é aonde encontramos também várias lojas de aluguel para roupa de esqui. E aí você me pergunta: não possso alugar na montanha? E eu te respondo que pode, mas é muito mais caro. Melhor alugar e carregar pela Calle Mitre até o hotel, do que pagar o dobro do preço, antes de subir na montanha. No centro também encontramos supermercados e alguns restaurantes que servem muito bem, como o clássico El Boliche de Alberto (http://www.elbolichedealberto.com/), que conta com carnes muito bem feitas e suculentas ou a melhor sequencia/ rodízio de founde na cidade, que é no restaurante Familia Weiss. Já se nota que ele é diferenciado pela arquitetura rústica e cheia de madeiras, fazendo um grande contraste com todas as outras construções da cidade. Fica quase na esquina da igrejinha principal da cidade e vale muito a pena. Para os amantes da culinária italiana, uma ótima pedida é o I´Italiano Trattoria, opção perfeita para combinar os vinhos argentinos e as massas caseiras, feitas na hora.

Como você já sabem, a Calle Mitre é aonde quase tudo acontece, inclusive ela leva direto para um dos cartões postais da cidade, que é o Centro Cívico. Basicamente é a principal praça da cidade, aonde jovens e artistas se reúnem, em meio as edificações de pedra, estilo europeu e ainda tem o adicional da vista do Lago Nahuel Huapi e dos Andes ao fundo. Para quem gosta de cães, pode ser a oportunidade ÚNICA de interagir e bater uma foto com os São Bernardos. Seus donos cobram algo em torno de $10 (dez) pesos para se tirar quantas fotos você quiser com a espécie. E se você andar um pouco mais, vai encontrar várias lojas de souvenirs mais em conta do que mais pra cima da rua. 


O mais legal vem agora, que é justamente explorar as belezas naturais da região. Existe o paseio conhecido por Circuito Chico, que faz um pequeno tour pelos principais mirantes da cidade, como os do Cerro Otto e Cerro Campanário. O segundo foi eleito pela revista National Geographic uma das 10 (dez) vistas mais lindas do planeta e a melhor de Bariloche. Costumo dizer que todas as vistas são de tirar o fôlego e lá não é diferente, mas isso é relativo e depende de como o visual te causa impacto. O passeio leva os turistas até o hotel Llao Llao, que é bastante conhecido por lá e mesmo não sendo hóspede, ele recebe para almoço, jantar ou visita, apenas.

Minha última passagem por Bariloche foi no mês de Setembro, que ainda tinha alguma neve, mas pouca concentração no topo do Cerro Otto. Apesar disto, a vista dos outros cerros, além dos lagos e o próprio passeio de teleférico já vale por tudo. Aliás, durante a subida ele parou algumas vezes, gerando um pouco de apreensão, mas é normal. Algumas pessoas se enrolam ao descer dele e acaba tendo de parar todos os outros, portanto, não se assustem! No topo do Cerro Otto, há um restaurante giratório, que serve além de comidas típicas da argentina, cafés e chocolates quente, para esquentar um pouco.

Como eu queria aproveitar o final da temporada de esqui e praticar snowboard, não poderia deixar de dar um pulo na principal "montanha"/ cerro da cidade: o Cerro Catedral. Devidamente vestido, com a roupa que aluguel na calle Mitre, só faltava mesmo alugar o material da modalidade escolhida por mim, pagar o ingresso e seguir para as várias pistas disponíveis. Em geral, há uma orientação com professores ou pessoas do Cerro Catedral, para indicar qual o ingresso adequado para cada necessidade. No meu caso, comprei um que me permitia entrar e sair quantas vezes quisesse durante o dia, mas meu Pai acabou comprando o de uma única entrada, que obviamente foi mais barato. Então é variável! para os medrosos, há várias aulas de esqui ou até mesmo snowboard e deu gosto de ver várias crianças em seus 6, 7, 8 anos de idade aprendendo a esquiar. Como não poderia deixar de ser e por conta da imensidão do lugar, existem restaurantes e cafés espalhados pelo cerro, para quem quiser apenas subir e não praticar nenhum esporte. Para quem pensa em fazer snowboard e tem medo, eu vou indico! O mais difícil é o começo, você entender que controla tudo com os pés e calcanhar, só isso MESMO! Se você estiver confiante e entender bem esse funcionamento, não tem muito perigo, acreditem! Esse é um passeio que pode durar um dia inteiro ou apenas um turno, depende do tempo de cada um.


Por natureza, eu gosto de conhecer o circuito não "batido"/ turístico que todo mundo faz, e foi assim que acabei chegando por terra, num vilarejo bastante aconchegante e interessante, chamado Villa La Angostura, que já fica em província, a de Neuquén. O interessante é que a idéia era encarar cerca de 4 (quatro) horas de estrada, até San Martin de Los Andes, sendo contemplado com a Ruta dos 7 Lagos, mas como o tempo era curto, não foi desta vez! O tempo de estrada de Bariloche para Villa La Angostura, é de aproximadamente 1 (uma) hora. Chegando lá, você encontra uma arquitetura mais simples, com várias casas de madeira e cafés bastante charmosos, apesar de simples.

Há uma outra forma bastante interessante de se chegar próximo ou no vilarejo de Villa La Angostura, que é de barco. Não sei se vocês me acompanharam nos vídeos que postei no meu canal do youtube, sobre Puerto Montt e Puerto Varas, mas são embarcações naquele estilo, que levam pelas águas do Lago Nahuel Huapi, parando em lugares como o famoso Bosque de Arrayanes e a Isla Victoria. Para quem não sabe, o bosque foi aonde Walt Disney se inspirou para fazer o cenário do personagem Bambi, enquanto que a Isla Victoria é praticamente na Villa La Angostura. No caminho, é possível alimentar aves que acompanham as embarcações e ter um contato melhor com a natureza. Este passeio é bastante indicado durante o verão, nos meses de Dezembro a Fevereiro.


Aliás, vou relatar outra curiosidade para vocês! Conversando com uma argentina no teleférico, ela disse que os argentinos preferem a cidade de Bariloche no verão, pois podem tomar banho nos Lagos Andinos, além de facilitar a prática de esportes como trilha, bike e wakeboard, por exemplo. E pensar que nós brasileiros vamos em busca da neve, hein? Confesso que fez sentido, quando lembrei que estive nos Lagos Andinos do lado chileno, durante o verão e realmente foi muito bom, apesar do calor. Sou suspeito, pois gosto muito de frio.

Por fim, há um jantar bastante romântico e a luz de velas, chamado Noche Nordica (http://nochenordica.com/). Ele começa com uma van que faz o translado do hotel até o refúgio que fica alguns quilômetros da cidade, além de luzes que iluminam toda a região. Ao chegar no local, há aulas de como guiar um quadriciclo/ jet ski da neve e que será guiado por cada um de nós. São cerca de 5km dentro de um  bosque nevado, dentro do Cerro Otto e é um passeio que tem duração de 3 a 4 horas. O que acho mais legal é a aventura de pilotar um veículo na neve, além do jantar que é de altíssima qualidade. Claro que algumas regras são respeitadas, como apenas maiores de 17 (dezessete) anos podem guiar o veículo na neve.

É isso pessoal! Espero que tenham gostado.

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Eu não iria falar de um lugar tão incrível, sem postar um vídeo no meu canal do youtube, nã o é pessoal? Aliás... você já se inscreveu lá? Ainda não? Vai lá, curte meu canal e se inscreve, que ainda virão muitas novidades e destinos novos para ajudar você na próxima viagem!

O vídeo especial de Bariloche é este aqui, basta clicar e assistir:


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Tour gastronômico por Buenos Aires


Pessoal, hoje irei falar sobre um destino que os brasileiros vivem indo, que é Buenos Aires. Quem me conhece bem, sabe o carinho que tenho pela capital porteña, que inclusive foi o meu PRIMEIRO DESTINO INTERNACIONAL, no ano de 1986! De lá pra cá, perdi as contas de quantas vezes estive nessa cidade, que para mim, nunca perde o charme. Como eu já dei dicas de passeios por lá (http://www.ticobrazileiro.blogspot.com.br/2013/02/buenos-aires-charme-europeu-em-plena.html), hoje irei passar um roteiro gastronômico IMPERDÍVEL e que tem várias indicações minhas e outras que eu não conhecia e um grande amigo meu, indicou numa viagem que fizemos juntos em 2014. Vamos começar? Preparem-se para ficar com água na boca e os restaurantes serão todos de nível elevadíssimos.

Costumo dizer que o meu lugar preferido na cidade, é Puerto Madero, o bairro mais novo da cidade. Por outro lado, existem lugares com uma grande variedade gastronômica, além de ser ótimo para se caminhar, como a Recoleta e Palermo (que tem suas várias divisões, como Palermo Soho e Hollywood, por exemplo). E grande parte desses restaurantes ficam nessas regiões! E não estou falando do tão procurado Cabaña Las Lilas, que apesar de ser excelente, pratica preços ACIMA do que irei mostrar aqui e é muito mais “pega turista”.

E falando em Palermo, a primeira parada é no Restaurante Casa Cruz, que fica na calle Uriarte, 1658. A sugestão é reservar um horário para o jantar e aproveitar bastante as instalações que são bastante aconchegantes, além de ter uma adega IMPRESSIONANTE para qualquer amante de vinho. Confesso que não conhecia e achei espetacular. É possível fazer reservas pelo telefone ou pelo site (http://casacruz-restaurant.com/). Para os amantes de pescados, a sugestão fica por escolher um salmão branco, que é muito bem preparado e saboroso. Os vinhos (e foram vários) ficaram por conta das cepas Malbec e Bonarda, em especial um que eu não conhecia: “The Apple Doesn´t fall Far From the Tree”. Para quem não acredita que o nome do vinho é este, segue um link que achei no google, com ele para vender: http://www.winebrands.com.br/the-apple-doesn-t-fall-far-from-the-tree-bonarda-2013/p. É um ótimo vinho. Com relação a uva Bonarda, ela tem origem na França, mas é muito produzida na argentina, apesar de rara.



A próxima parada é num clássico de Buenos Aires: o famoso Restaurante Fervor! Quem já foi na cidade, conhece este que é tido como uma das melhores cozinhas da capital porteña. O restaurante é bastante clássico e não é difícil ver famílias tradicionais argentinas indo almoçar ou jantar nele. Fomos no horário do almoço e sem reservar lugares, o que teve que ser bem cedo, estando por lá entre 11:50 (Onze e cinquenta) e o meio dia. Além do ambiente, com dois andares e um lustre imponente no teto, não poderia deixar de faltar o que melhor tem na gastronomia argentina: suas carnes e vinhos. E não foi diferente, não tive dúvidas e pedi de cara um Lomo, que foi servido de vários vinhos Malbec (dessa vez estava em falta os de uva Bonarda). Apesar do ambiente bastante selecionado e diferenciado, a conta não saiu cara e a carne, estava simplesmente PERFEITA e muito bem servida. Ele fica localizado na Recoleta, próximo a famosa Avenida Alvear, mais precisamente na calle Posadas, 1519. Dizem que famosos como Bono Vox e Chico Buarque fazem questão de ir nele, sempre que estão por Buenos Aires. Acho que nem precisa dizer mais nada, né pessoal?


Que tal continuar na Recoleta? Vamos seguir pela famosa Avenida Alvear, que dizem ter o metro quadrado mais caro da Argentina, além de ter várias embaixadas. Lá, encontramos um dos meus restaurantes preferidos, desde que conheci em 2014: é o Palacio Duhau/ Park Hyatt! Ele fica na Avenida Alvear, 1661 e é importante fazer reservas (telefone: 5171-1340) para conseguir guardar um lugar, ante a sua grande concorrência, em especial na hora do almoço. Como indicado pelo meu amigo, ele é feito para se curtir e aproveitar o dia, em especial se você não tem mais o que ver em Buenos Aires ou já conhece a cidade. Que tal chegar numa manhã de sol e ficar nos seus jardins, tomando um vinhozinho branco, clericquot ou até uma cerveja bem gelada, enquanto aprecia belas entradas, como empanadas ou salmão defumado? Mais uma vez fui de Lomo, o que não necessariamente uma regra. O cardápio desse restaurante muda a cada 3 (três) meses, não sei se ainda está assim. É sempre bom se informar e saber qual restaurante ir, afinal, existem três tipos diferentes. Peçam o principal, que não é a Vinoteca.








Um pouco mais distante, no bairro de Belgrano, encontramos o Restaurant Sucre. Apesar da distância, isso não será um problema! Lembrem-se que os taxis de Buenos Aires são um dos mais baratos do Mundo, independente do câmbio ser ou não favorável para nós, brasileiros. Ele fica na Calle Sucre, 676 e é interessante se fazer reservas (telefone: 4782-9082) para garantir lugar, afinal é um espaço que lota com facilidade. Logo na entrada, fomos recepcionado pela Laura, a simpática recepcionista que mandou preparar a mesa para dois casais e eu, que segurava vela. O restaurante tem uma arquitetura moderna e sua adega fica no centro dele, sendo visível de qualquer lugar que você se sentar. A mesa reservada foi estrategicamente localizada ao lado da cozinha, que também fica visível para todos no restaurante. O mais interessante foi acompanhar o movimento dos pratos e inclusive tirar dúvida de qual escolher, com auxílio dos chefs, bastantes solícitos. Dessa vez eu tentei fugir do óbvio que seria pedir um Lomo, dando lugar ao Ojo de Bife Black Angus! Tudo espetacular, além de uma belíssima seleção de vinhos durante a noite.


Para quem gosta de se jogar nas compras da Calle Florida, que tal ir para uma de suas ruas paralelas, num restaurante aparentemente simples, mas muito tradicional? É o La Estancia, que conheço desde que sou pequeno. Além do carinho especial que tenho com o lugar, o atendimento é sempre especial, inclusive quando menciono que vou lá desde 1986! Sem dúvidas o ambiente é mais simples do que os outros restaurantes citados acima, mas a comida é tão saborosa quanto, além de o preço ser melhor ainda. No final, quando pagamos a conta, o garçom nos brindou com 5 (cinco) taças de espumante em agradecimento à preferência. O restaurante fica na Calle Lavalle, 941 e não precisa de reservas para se experimentar seus sabores. É ideal para quem comer algo a um preço justo e bem servido, após o dia de compras na Florida! Dá pra ir a pé!




Por fim, um restaurante que descobri durante uma viagem que fiz para Buenos Aires no ano de 2011, após pegar os ingressos para o show do U2 que acompanhei em La Plata. É o Bahia Madero, que como o nome diz, fica no badalado bairro de Puerto Madero! Esse é o típico lugar que você paga MUITO BARATO e COME DEMAIS. Pelos pratos serem MUITO BEM SERVIDOS, eu sugiro que você pense em dividir o prato com alguém. Tive amigos que não aguentavam jantar, depois de ter ido nele. Não que a comida estava ruim, pelo contrário! Era muito boa e bem servida! O mais legal é que existe o cardápio em português também, acho que muitos brasileiros vão nele. Não acho que fique atrás do renomado Cabaña Las Lilas, sendo bem sincero. Ele fica na Avenida Alicia Moreau de Justo, 430, Dique 4 de Puerto Madero. Também não precisa reservar e se quiserem maiores informações, acessem o site e conheçam um pouco mais dele: http://bahiamadero.com/

Que fique claro que não tenho nada contra os renomados Cabaña Las Lilas, Siga La Vaca ou até o badalado Asia de Cuba, apenas quero mostrar que existem outras opções e que você aproveita e paga menos por isto. Esses restaurantes são conhecidos muito mais por estarem incluídos no circuito turístico do que por outra razão, mas são excelentes opções.

Uma outra observação: todos os pratos na Argentina são MUITO BEM SERVIDOS, então se você tiver um apetite pequeno, pense em dividir com alguém. Se você quiser se esbaldar nas delícias da culinária local, aproveitem.

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