quarta-feira, 16 de março de 2016

Cartagena histórica e das praias do mar do Caribe.


E quem disse que acabou o passeio pela Colômbia? Para quem gostou do que viu sobre Bogotá, tenho certeza que irá gostar mais ainda de um dos destinos mais procurados pelos brasileiros, claro, depois da Argentina e Chile, por conta da proximidade. Estou falando de Cartagena de las Índias, que impressiona por toda a sua história, além de ser o portal de entrada para o Caribe. Querem conhecer um pouco mais da cidade? Então fiquem ligados, que a viagem começa agora!

Basicamente quatro empresas operam para a cidade, são elas: a Copa Airlines, a Avianca, a Lan Colombia e a Viva Colombia. Os preços são bastante parecidos, mas a Viva Colombia com certeza tem os preços mais baixos por ser uma empresa low cost e financiada pela Ryanair, da Irlanda. A minha opção, prezando pela segurança, conforto e atendimento, foi a Avianca (independente dos benefícios que eu possuo por ser cliente elite). A passagem tem uma variação de preço entre R$ 200,00 e R$ 800,00 para ida e volta, depende das datas e antecedência na compra.

O voo entre Bogotá e Cartagena dura em média 1 (uma) hora e o aeroporto é bastante simples. Se você não gosta muito dos embarques/ desembarques remotos (com escada) nos aeroportos brasileiros, lá só existe esta opção, que pessoalmente gosto bastante, para bater as fotos com as diferentes aeronaves. Ao desembarcar, é nítida a diferença de temperaturas entre a capital da Colombia e a cidade que é banhada pelo Mar do Caribe. A retirada das malas pode ser demorada, caso você tenha e não use as prioridades de bagagens, fica a dica. Se você prefere viajar em aviões maiores, que operam rotas internacionais, a dica fica por optar pelos voos com a Avianca, que opera com Airbus A330 (o mesmo que faz a rota de São Paulo para Bogotá) e o novíssimo Boeing 787-8 (que faz rotas pra Europa), que foi a minha escolha!

Desembarque no novíssimo Boeing 787-8 da Avianca
Agora um fato bastante curioso, com relação a troca de moedas no aeroporto de Cartagena. Ao contrário do que acontece em Bogotá, o câmbio é bastante desastroso e não vale a pena fazer a troca completa por lá, a sugestão é apenas trocar a sua moeda, seja dólar, euro ou real por pesos colombianos para pagar o táxi e esperar chegar até a cidade Amuralhada para escolher nas diversas casas de câmbio a melhor para você. Outra coisa importantíssima para Cartagena e que confesso que fui despreocupado e aceitando todos os valores que me ofereciam, mas, tudo é negociável por lá. Tiveram que pegar bastante no meu pé para eu tomar jeito e conseguir negociar! No final da viagem, eu estava conseguindo o que queria pela metade do preço. Apenas para vocês terem uma idéia, a corrida de taxi entre o bairro que me hospedei, Bocagrande, para a Cidade Amuralhada, custava SEMPRE 6.000/ 7.000 pesos, mas no primeiro dia acabei pagando 8.000 pesos. Se você quiser comprar algum artesanato na rua, sempre dê um valor abaixo e isso vale até para os passeios turísticos, para as ilhotas ao redor da cidade, que irei falar mais adiante. Ah! Os taxis não possuem taxímetro e é seguro pegar qualquer taxi no meio da rua, a cidade é mais segura que Bogotá, ok?

Apesar de sempre ter ouvido que era melhor me hospedar na cidade histórica, acabei sendo teimoso e optei pelo moderno bairro de Bocagrande, um pouco mais afastado do que se tem mesmo para fazer na cidade, que é a cidade amuralhada/ murada, como vocês preferirem. No final, fiquei num hotel moderno, que ficava 6 (seis) minutos de tudo isso e foi ótimo, considerando que não existe trânsito pesado na cidade. Me hospedei no Hampton by Hilton (http://hamptoninn3.hilton.com/en/hotels/colombia/hampton-by-hilton-cartagena-CTGHXHX/index.html), que tem dependências bastante modernas, limpas e uma piscina bastante interessante na cobertura. O que achei fraco demais foi o café da manhã, que poderia ser um pouco melhor por conta da marca Hilton, né? Mas estava com preços bastante interessantes, comparados aos disponíveis na cidade histórica. Na minha opinião, a única vantagem de se ficar por lá, é você ter um local para tomar banho e voltar a caminhar pelas ruas históricas, fora isso, não há problema algum de se hospedar em um lugar “mais afastado”. Entendam que Cartagena é uma cidade bastante pequena e tudo é perto, além dos taxis serem baratos e negociáveis!


Como meu voo chegou próximo ao horário de almoço e o serviço de bordo é castanha e bebida (e pensar que no Brasil o pessoal reclama de ter que pagar por comida, ou não darem nada!), cheguei faminto e não pensei duas vezes antes de atacar um hambúrguer na frente do hotel, numa lanchonete. Depois disso, fui sentir as primeiras impressões da região de Bocagrande e conhecer a praia, que sinceramente? Muito fraca e desorganizada. Salvo se você morar numa cidade que não é de litoral e for louco por praia, vai achar ela uma boa praia, mas adianto que terão várias outras opções muito melhores. O bairro, pessoal, é aonde está a maior concentração de prédios, seguido também por inúmeros restaurantes, que tem especialidade de frutos do mar na beira mar e alguns malls (shopping center), como o Centro Comercial Plaza Bocagrande. Fui num restaurante que dizem ser um dos melhores do bairro, o La Olla Cartagenera (http://www.losmejoresrestaurantes.com/Catalogo/Producto.aspx?id=4603&idSec=116). Para ser sincero não me saltou os olhos, apesar do meu prato ter sido relativamente bom! A sugestão é fugir de carnes e algo que não seja frutos do mar, a possibilidade de se decepcionar é enorme.

Seguindo o passeio, chegamos finalmente ao centro histórico, também conhecido por Ciudad Amurallada, que é repleta de história, lojas, hotéis e restaurantes de primeira linha. Antes de falar um pouco sobre lá, quero lembrar a vocês que no período de colônia espanhola, Cartagena era o principal porto aonde os colonos mandavam as riquezas (em especial o ouro) para a Europa e toda as construções foram protegidas por um muro, contra invasores. Hoje, parte dessa proteção ainda existe e é uma atração turística para todos que ali se destinam. 


Continuando o passeio, confesso que sempre procurei chegar por lá no local que eu me guiava melhor, que era a Torre do Relógio (Torre del Reloj). No primeiro dia não teve jeito, sem conhecer nada, acabei me perdendo pelas ruas históricas, o que não foi um mal negócio, admirando a arquitetura espanhola e as charmosas praças e restaurantes ao longo do caminho. O mais incrível é que dentro da cidade amuralhada/ murada, tem muita vida a qualquer hora do dia! Não é difícil achar uma balada ou festa, sejam nos rooftops ou em solo mesmo. Para os amantes da rede Hard Rock Café, há um próximo a Torre do Relógio, que tem inúmeras promoções de bebidas durante a tarde, com clones e tudo mais! Mas, como há concorrência, os bares ao redor fazem algumas vezes mais barato e as vezes em triplo!

Um dos lugares mais interessantes dentro da cidade amuralhada/ murada é a Plaza Santo Domingo, que leva o nome da igreja que está cravada na praça. Sabem aquelas praças no exterior, que você fica observando danças típicas e manifestações culturais? Pois é, acontece todos os dias por lá e aos amantes das artes, há uma escultura do artista colombiano Fernando Botero, a “Gertrudis” que para quem não conhece é uma mulher com traços mais grotescos/ maiores, com o seios a mostra e deitada, fazendo pose para algo. Curiosamente ela fica justamente de frente para a igreja, que leva o nome da praça! O ideal mesmo é pegar uma das várias mesinhas no meio da praça e curtir uma comida, que tem desde massas, até comidas típicas e carnes nobres também, com uma bela cerveja gelada, afinal... o tempo por lá é bastante quente e abafado.



Não muito longe de lá, é possível caminhar ou até tomar uma charrete até o Café del Mar (http://www.ticartagena.com/en/things-to-do/bars/cafe-del-mar-king-of-cartagena-sundowners/), que considero um programa OBRIGATÓRIO. Eu iria até mais além! Diria que se possível ir todos os dias por lá no pôr do sol, para contemplar e curtir o local, não pense duas vezes. O local, é um bar super badalado e talvez o mais famoso da cidade, aonde todos que estão na cidade acabam optando para ouvir boa música, ver gente bonita, o pôr do sol e entrar noite adentro com uma boa bebida e quem sabe, bem acompanhado, não é? Se você gosta de barezinhos, essa é uma programação e experiência única. Apenas para destacar, o local se encontra numa localização super privilegiada, em cima da muralha de proteção da cidade, em meios a antigos canhões do século 17. Além de transpirar história, é uma balada bastante legal, quando se começa a noite.



Aproveitando que “ainda estamos” na cidade amuralhada/ murada, eu vou indicar aqui também alguns restaurantes que passei, iniciando pelos amantes dos belos cortes de carne, que é o restaurante Señor Toro. Apesar de ter procurado de todas as formas aqui o site oficial, não encontrei para vocês puderem conhecer um pouco mais, mas é um restaurante bastante elegante e com cortes de carnes nobres, que eu indico bastante. Sabem fazer muito bem! Já os que preferem uma comida italiana, como uma pizza, a minha indicação fica pro restaurante La Diva (http://www.bestrestaurantsincolombia.com/en/restaurant-colombia/la-diva-cartagena.html), que tem um atendimento rápido, eficiente e com massas finas e muito bem feitas. O mais legal, para quem tiver fazendo dietas fit, é que a pizza é bastante leve e gostosa, mesmo bem temperada. 

O dia seguinte teria de ser muito bem planejado, pois eu iria sair de Cartagena e “viajar” até alguma de suas praias ao redor, que são aonde realmente tem o famoso Mar do Caribe, com aqueles vários tons de azul, que todos conhecemos. A praia da cidade, como dito anteriormente, é péssima! Mas é preciso saber escolher bem, pois são inúmeras opções, inclusive a Playa Blanca. Pelo que entendi, é uma praia pública e que lota de pessoas, algo tipo o “piscinão de Ramos”, no Rio e o mar apesar de ter uma bela tonalidade, é pastoso (nada transparente). Ah, e você pode ir por terra, num ônibus confortável ou de lancha, custando em média 65.000 pesos colombianos. Adianto a vocês que não quis fazer, por achar muito fraco, para o que eu esperava. 



A decisão então ficou na escolha das inúmeras praias privadas que fazem parte da Isla Grande/ Isla Rosário. Sério, você fica tonto e não sabe qual a melhor opção, mas acabei optando pela praia privada do hotel San Pedro de Majagua. Apesar de confuso, é preciso entender que essa é uma das praias privadas da Ilha Rosário, que está inserida dentro da Ilha Grande e há várias outras opções, inclusive o oceanário, que é outro passeio. O meu, que era passar o dia neste hotel e praia privada, incluiu a transporte da marina até a praia, além do almoço (que só tinha opção de dois tipos de peixe, com arroz de banana e legumes) e a volta. O local é espetacular e faz jus ao que esperamos de Mar do Caribe, mas tem um ponto bastante negativo que foi a volta no mar bastante agitado. Como o translado era feito apenas por lanchas coletivas e durava cerca de 1 (uma) hora até Cartagena, não foi uma experiência das melhores. Não falo pelo balanço do barco, mas pelas ondas bastante agitadas no mar aberto, que gerava uma sensação de inseguraça! Claro que eles estão acostumados a fazer esse tipo de trajeto e calculam inclusive esse tipo de coisas, mas confesso que fiquei bastante temeroso. O fato é que o lugar é impressionante e vocês possuindo tempo disponível, se programem para ir até lá. O passeio durou o dia todo e custou cerca de R$ 180,00 (cento e oitenta reais).



No último dia ainda faltava um city tour, que é feito de várias maneiras! Existe um ônibus hop-on/ hop-off (aqueles que tem em toda cidade e você pode entrar e sair quando quiser), a Chiva (ônibus clássico, usado no passado em países latino americanos) e os taxistas que você negocia. Apenas para se comparar, a primeira opção custava cerca de 49.000 pesos colombianos, a segunda 69.000 pesos colombianos e eu negociei com um taxista que fiz amizade e foi bastante solícito, por 65.000 pesos colombianos o mesmo passeio. Com um GRANDE diferencial: ele esperava o tempo que fosse, explicava tudo (sabia tudo de história da cidade) e ainda guardava bolsas/ mochilas e o que quisesse dentro do veículo dele. A exemplo do que fiz em Bogotá, eu indico ele! É o Pedro e infelizmente ele não usa whatsapp, tem que ligar pra ele: +57 (310) 6773413. Ele inclusive me levou ao aeroporto e em outros lugares, afinal, sempre cobrou os preços mais baratos e justos!

Voltando ao passeio, paramos no Cerro de La Popa, que para muitos é apenas uma “montanha” que você consegue ver toda a Cartagena lá do alto, mas é muito mais do que isto. Na verdade lá é aonde está o Convento de Santa Cruz de La Popa, que foi construído no começo dos anos 1600 e está localizado no ponto mais alto da cidade. A sua arquitetura é colonial e tem um museu que conta com peças religiosas, algumas esculturas e quadros. Dentro do convento, há uma decoração que se destaca por inúmeras flores penduradas, dando um ar mais animado ao local. O maior problema mesmo foi o calor excessivo, que me fazia fugir da área externa e correr para dentro, aonde tinham sombras.



Seguindo o tour, era a vez de chegar no Monumento de los Zapatos Viejos, que é uma escultura de dois sapatos gigantescos, feito pelo poeta cartagenero Luis Carlos López, em sua obra “A mi ciudad nativa”. Basicamente, ele dizia que todo mundo possui um sapato velho, que não se desfaz e sempre volta a usar em algum momento. Nada mais do que isso! E é uma escultura que os turistas acabam entrando neles e batendo fotos diferentes, com o Castillo de San Felipe de Barajas ao fundo.

Falando no Castillo de San Felipe de Barajas, dizem ser a maior obra militar da Espanha dentro das colônias americanas e teve papel importante em várias guerras. Lembram que eu já tinha dito que Cartagena era o principal porto espanhol para levar as riquezas, em especial o ouro das Américas para o velho continente?  O tempo passou e hoje o forte/ castelo é um dos principais pontos turísticos da cidade e é preciso coragem para aguentar as altas temperaturas da cidade, enquanto se vai até o topo do castelo.

A viagem estava chegando ao fim, mas ainda teve tempo de conhecer a casa de uma das principais figuras da história colombiana, que era a do Rafael Nuñes. Basicamente ele era de Cartagena e foi até hoje o único presidente da nação a morar fora da cidade de Bogotá, optando a sua cidade natal. Além disto, ele era poeta e escritor, o que ocasionou o surgimento do hino da nacional, que foi adotado oficialmente só em 1920. Ele também promulgou a constituição da Colômbia de 1886 e alterou anos depois o mandato presidencial, que era de 2 (dois) para 4 (quatro) anos, mas infelizmente não conseguiu seguir no cargo, pois acabou sofrendo um infarto e falecendo. Com o passar dos anos, a sua residência foi vendida para pessoas que exploravam mercado negro, inclusive com brigas de galo e outras atividades obscuras. Outro presidente da Colômbia, que não me recordo o nome neste momento, recomprou a casa e a transformou no atual museu, para preservar a memória de um cidadão tão importante para o País. Não é a toa que o aeroporto de Cartagena, leva o nome dele.

Como de costume, fiz o registro desta viagem e coloquei no meu canal do youtube. Ainda não está inscrito? Vai lá em https://www.youtube.com/ticoso e se inscreve no meu canal, para acompanhar as dicas desta e tantas outras viagens que já fiz e virão.

Agora é hora de conferir tudo que eu fiz lá em Cartagena, clicando "PLAY" no vídeo abaixo:




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terça-feira, 15 de março de 2016

Bogotá & Zipaquirá, um pouco da Colômbia Andina.


Conversando com amigos que gostam de viajar, me dei conta de um fato que acontece com bastante frequência: o turista brasileiro não dá o devido valor a certos destinos, acabam por transformá-los em paradas/ pontos de conexão para o destino final. Isso acontece bastante com Bogotá, na Colômbia e a Cidade do Panamá, no Panamá. Grande bobagem! As duas cidades possuem uma cultura e história bastante rica, além de ter uma noite bastante animada e agitada. Como eu já falei anteriormente sobre a minha passagem pelo Panamá (http://www.ticobrazileiro.blogspot.com.br/2014/08/panama-dubai-das-americas.html), hoje irei abordar um pouco da minha recente passagem pela capital colombiana e garanto que você que em acompanha irá se instigar para programar uma ida até lá!

Na última postagem, vocês puderam acompanhar um pouco do meu voo pela Avianca Internacional, entre São Paulo e Bogotá (http://www.ticobrazileiro.blogspot.com.br/2016/02/como-e-viajar-de-sao-paulo-para-bogota.html), que durou exatas 5 (cinco) horas e 40 (quarenta) minutos. Para os que tem medo de turbulência, é normal balançar um pouco sempre que os aviões sobrevoam a floresta amazônica. Já em terra firme, no Aeropuerto El Dorado, após a retirada da bagagem e passar pelo controle da aduana colombiana, o segundo passo era procurar agências de câmbio, para trocar o Real por Pesos Colombianos. Num primeiro momento, achei que o câmbio era péssimo, como acontece em todos os aeroportos do Mundo, mas comparando depois, percebi que não há um grande diferença para o câmbio dentro da cidade. Minha sugestão é que você tire uma quantidade, mas não gaste todo o dinheiro fazendo o câmbio no aeroporto. Deixe outra parte para tentar fazer, ganhando um pouco mais nas proximidades do Parque de La 93.

Antes de chegar na capital colombiana, percebi algo curioso: Bogotá possui uma grande variedade de hotéis e as vezes a preços bastante atrativos. Não se surpreenda se encontrar tarifas de hotéis de até 5 (cinco) estrelas a preços inacreditáveis, de forma positiva. Obviamente isso só irá acontecer se você conseguir se programar com antecedência, afinal, nem passagem aérea você consegue barata, quando de última hora. Acabei optando por um antigo hotel Pestana, que agora se chama Bogotá 100 (http://www.tripadvisor.com/Hotel_Review-g294074-d3418721-Reviews-Hotel_Bogota_100-Bogota.html). Na minha opinião, a localização era perfeita, perto de tudo e dava para fazer algumas coisas caminhando, inclusive ir até o Parque de La 93.

O voo chegou próximo ao horário do almoço e eu estava faminto! Após pedir algumas sugestões no hotel, me indicaram ir no Parque Usaquén, que leva o nome do bairro do hotel e ir no restaurante Tienda del Café (http://tiendadecafe.co/), que não pensei duas vezes ao pedir a cerveja mais típica do País, que é a Aguila! Acabei descobrindo que eles fazem igual aos Estados Unidos, com a versão light de todo tipo de cerveja. O restaurante é bastante agradável e serve todo tipo de comida, mas se você não gostar muito dele, é possível caminhar pelas ruas ao redor do parque e escolher outros. Importante destacar para vocês que em Bogotá, é mais seguro você pedir o taxi em aplicativos ou nos restaurantes, do que pegar qualquer um no meio da rua. Isso eu já tinha lido em alguns blogs e foi confirmado por todos, desde restaurantes até mesmo no hotel.

Como o primeiro dia era muito leve, resolvi conhecer a famosa Zona T e Zona Rosa, que ficam um ao lado do outro. Para quem não sabe, a região antigamente era conhecida por ser reduto de traficantes de drogas e prostitutas, considerado um dos piores bairros da cidade. Hoje em dia é repleto de restaurantes, lojas de grife e shoppings centers. Foi assim que cheguei no centro de compras, que é conhecido pelo nome de Andino. E foi lá que provei o típico café colombiano, o Juan Valdez (quem vai na Colômbia, tem que experimentar!). Como não estava com horário para nada, fiquei por ali mesmo para tomar um chopp na Zona T, no barzinho La Cervecería (http://www.lacerveceria.com.co/). O ambiente é muito legal para reunir amigos, casais e entrar noite adentro de Bogotá. Se não gostarem, há outros bares que pude ir e experimentar, como o The Pub (http://www.thepub.com.co/), um típico pub irlandês com uma variedade de cervejas artesanais colombianas. Para os amantes da cerveja, é a região ideal, podendo caminhar “de bar em bar”.
Já os que não conseguem viver sem comprar, a idéia é caminhar um pouco pela Zona Rosa e entrar nas diversas lojas de grife, como Zara, H&M, Hugo Boss, entre tantas outras. Ah, também é possível encontrar restaurantes excelentes, além de cassinos! Isso mesmo, pessoal! Em Bogotá, o jogo é totalmente permitido e quem gosta de tentar a sorte nas maquininhas ou no poker, vale a pena viver a experiência, mas sempre com prudência.


Antes de vir a Bogotá, peguei algumas dicas em alguns blogs de viagem e acabei confirmando umas coisas, com pessoas do hotel e restaurantes. O modo mais seguro de se andar de táxi, é pedindo no aplicativo (eles usam o mesmo EasyTaxi usado no Brasil) quando tiver rede wifi, ou pedir para alguém solicitar um para vocês. Não é recomendável pegar qualquer táxi no meio da rua, apenas isso. Outro detalhe, é que eles cobram cerca de 700/ 900 pesos por você solicitar o taxi pelo aplicativo, que no início achei que estava sendo enrolado e a noite, eles cobram cerca de 1700 pesos colombianos extra, de adicional noturno (chamado lá de recargo nocturno). Mas quero deixar claro que a cidade é bastante segura, caminhei muito por lá e não tive problemas. A sensação de segurança é enorme, não tem absolutamente nada a ver com a Colômbia do tráfico de drogas.

O dia seguinte era reservado para fazer um tour completo pela cidade de Bogotá, incluindo o centro histórico da cidade. A dúvida era como isso seria executado, aproveitando o tempo da melhor forma possível. No hotel, acabei conhecendo o Sr. Guilhermo Solano, que faz esses tours e cobrou um ótimo preço para levar em toda a cidade e esperar o tempo que fosse necessário, inclusive guardando as malas/ bolsas e mochilas dentro do carro dele. Para quem quiser os serviços e eu indico bastante, inclusive para translados até o Aeroporto El Dorado, basta chamar/ combinar com ele pelo whatsapp: +57 (314) 409-7144. A rota foi a seguinte: Cerro Montserrate, Museo del Oro, Plaza Bolívar, Candelária, Museo Botero (que acabou não dando tempo, o que foi uma lástima!).

Chegando no Cerro Montserrate, existem duas filas organizadas para quem vai pagar para a subir em “efectivo” (dinheiro) ou em cartão de crédito. Como eu sempre viajo, pensando na próxima viagem, já fui pra fila do cartão de crédito para acumular milhas! A subida é feita num funicular, enquanto que a descida é num teleférico. O topo do cerro, é uma altitude de cerca de 3.150 metros, o que complica um pouco por você sentir de forma inevitável os efeitos da altitude. Se cansa com maior facilidade. No desembarque, há uma acesso um pouco inclinado que tem figuras vindas da Itália sobre a via crucis de Jesus Cristo, que termina com a visão da catedral do “El Señor Caído”, que foi construída no século 17 e continua bastante preservada por lá. Pelas laterais da igreja, é possível apreciar o tamanho da cidade de Bogotá numa linda vista panorâmica da capital colombiana.



O tempo era curto e tinha que ser bem aproveitado, por isso o próximo local seria o famoso destino era o Museo del Oro, que fica no centro da cidade. Ele é mantido pelo Banco de la Republica de Colombia e a entrada é quase que simbólica! A principal finalidade é mostrar para o público geral, um pouco da história do ouro na Colômbia e na região, além de exaltar os trabalhos feitos pelos indígenas do período pré-colombiano e atual. Apenas por curiosidade, vocês sabiam que o território da colombiano era muito maior? Se chamava de Gran Colombia e alguns territórios ganharam independência e hoje são Equador, Peru, Venezuela e Panamá. Como sempre gosto de conhecer um pouco mais da cultura e do País, converso bastante com taxistas e pessoas locais e descobri que esses países que hoje não são mais parte da Colômbia, estão buscando em cortes internacionais, parte do ouro que ainda resta no País.


Na saída do museu, comecei uma caminhada no coração da cidade, que sempre é bom lembrar algumas recomendações de segurança! É bastante tranquila a caminhada nesta região, mas é bom ficar atento às bolsas e pertences, por existirem vários batedores de carteiras! Não se preocupem que ninguém irá abordar vocês e assaltar, mas há sim muito furto. Ao final da caminhada, cheguei na principal praça da cidade, a Plaza de Bolívar, que tem entre outros monumentos o Palácio de Justiça (que Pablo Escobar financiou grupos guerrilheiros colombianos, em meados dos anos 80, para promover um atentado e queima de documentos que podiam incriminá-lo) e o Capitólio Colombiano e a Catedral Primada de Bogotá. Sem dúvida é uma caminhada bastante interessante e rica em história, mas para quem não gosta de pombos, há milhares deles. O pior é que eles voam pra cima de você e é inevitável ter que se abaixar, por incrível que pareça. Apenas para ilustrar um pouco mais, no Palácio da Justiça é aonde está a Corte Suprema do País e a Catedral de Bogotá, foi construída entre 1807 e 1823.

A caminhada continua, em direção a famosa Candelária, que fica nos arredores da Plaza de Bolívar e é cheia de história com suas casinhas feitas em estilo espanhol, além do famoso Museu do Botero, que infelizmente não poderei dar muitas dicas aqui. Como havia perdido muito tempo no Cerro Montserrate, o tempo estava acabando e a opção ficou por caminhar um pouco pela Candelária, do que entrar no famoso museu. Sem dúvidas as ruazinhas estreitas e com arquitetura colonial espanhola e barroca, chama bastante atenção, além de dar um charme especial a toda a região da cidade. O ideal é ter calma para poder curtir bastante a região e explorar cada rua que existe, ou sentar num café e admirar o ir e vir das pessoas pelas ruas.



Por fim, não poderia deixar ir em duas cidades próximas a Bogotá: Chía e Zipaquirá. Começando pela segunda, é a maior produtora de sal do País e aonde tem a maior atração turística da região, que é a Catedral de Sal. Construída 300 (trezentos) metros abaixo do solo e no interior de uma mina de sal, ela foi criada pela fé dos mineiros e relembra a via crucis de Jesus Cristo, com diversas cruzes no caminho até a cúpula e salão principal da Catedral. Na principal ala da catedral, é possível ver uma cruz gigantesca, com cerca de 16 (dezesseis) metros de altura e escultura de mármore da “Criação de Adão”, feita por Carlos E. R. Arango. Não há como perder este passeio, na cidade que fica cerca de uma hora/ uma hora e dez minutos de Bogotá. No mais, a cidade lembra bastante uma cidade de interior, principalmente interior da Espanha e é quase um vilarejo, bastante charmoso e interessante.



O nosso passeio termina em um lugar imperdível, que é o famoso restaurante Andres Carne de Rès, que existem dois: um na Zona Rosa (mais novo e com três andares) e o mais tradicional, que é este que estou falando agora. Um detalhe importante sobre o termo “Rès”! Eu fiquei bastante confuso e achava que era algo de outro planeta, mas por lá, eles chamam isso todo tipo de carne de “vaca”/ “boi”, foi o que perguntei e entendi, se alguém souber de algum outro significado, estou aberto a correções. Voltando ao local, o clima é de bastante animação, com os garçons e garçonetes tentam animar famílias, casais ou grupos de amigos. O som ambiente é de música típica colombiana, que as vezes se confundem com caribenha, talvez pelo País ser banhado no seu norte, pelas águas do Mar do Caribe. Inclusive, há uma pista de dança, aonde quase todos são obrigados a dançar, pelos funcionários do Andres. Outro momento legal, é quando lhe colocam a faixa de “bienvenido a la tierra” com uma coroa de papelão, como se você fosse o “rei” do lugar. Sem dúvidas é um lugar que merece bastante destaque por tudo que envolve ele. Aproveitem os cortes de carne, servidos de cervejas artesanais e nacionais bastante geladas. Uma certeza? Sempre que eu for em Bogotá, irei voltar no Andres Carne de Rès!




Gostaram dessa postagem?

Confiram o vídeo exclusivo que fiz sobre Bogotá, Zipaquirá e Chía, no meu canal do youtube. Ainda não se inscreveu? Então vai em www.youtube.com/ticoso e se inscreve. Agora pressione “play” para assistir um pouco mais sobre essa viagem: